Vacina Sputnik V apresenta eficácia de 91,6%

Os resultados foram divulgados hoje, 02, em artigo publicado na revista The Lancet.




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Imagem dos frascos de da Sputnik V, vacina desenvolvida pelo instituto russo Gamaleya

Durante o início da manhã desta terça-feira, 02, o Instituto Gamaleya apresentou os resultados da fase três de testes da vacina contra Covid-19 que vem desenvolvendo. Os estudos que estão sendo comandados na Rússia tiveram seus resultados divulgados em artigo científico da revista ‘The Lancet’, um dos periódicos mais respeitados do mundo. Segundo o artigo, o imunizante conseguiu 91,6% de eficácia geral. Entretanto, quando considerados apenas casos graves e moderados a eficácia alcança 100%. 

Os dados apresentados compreendem um universo de testagem de quase 20 mil voluntários. Ressalta-se que no grupo de avaliado havia cerca de 2 mil idosos, e nesta faixa etária o nível de eficácia atingiu  91,8%. 

A Sputnik V, como as demais vacinas já conhecidas, é aplicada em duas doses, mantendo um intervalo médio de 21 dias entre as aplicações.

Vacinas para o Brasil 

O imunizante russo ainda não está sendo testado no Brasil. Porém, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)  já vem analisando pedidos para que os procedimentos passem a acontecer em solo nacional. Isso é importante, porque há uma determinação da agência que afirma que somente imunizantes testados no país poderão receber autorização para uso emergencial.

A União Química, farmacêutica que deve produzir a vacina no Brasil, esteve reunida com a Anvisa para averiguar procedimentos e a necessidade de encaminhar a autorização para o desenvolvimento de estudos clínicos no país. 

Ainda no dia de ontem, 01, a empresa encaminhou manifestação ao STF( Supremo Tribunal Federal) informando que tem capacidade de fabricar até 150 milhões de doses do imunizante até o final de 2021. 

Acrescenta-se que a Rússia diz estar pronta para enviar ao Brasil um carregamento de 10 milhões de doses, podendo iniciar os trâmites de envio no momento em que a agência de vigilância sanitária brasileira conceder o uso emergencial.