No dia 17 de agosto de 2024, o Brasil se despediu de Silvio Santos, ícone da televisão e dono do SBT. Senor Abravanel faleceu aos 93 anos em São Paulo, vítima de broncopneumonia. Um ano depois, a divisão de sua herança bilionária segue cercada de disputas judiciais e detalhes complexos sobre bens e tributos.
O patrimônio do apresentador é estimado em R$ 6,4 bilhões. Ele deixou um testamento determinando que suas seis filhas e a esposa, Íris Abravanel, recebessem mais de R$ 100 milhões cada. Apesar disso, a partilha não é simples, já que envolve propriedades no exterior, dívidas pendentes e impostos contestados.
Um dos principais pontos de conflito é um depósito de R$ 429,9 milhões nas Bahamas, feito pela empresa Daparris Corp Ltd., da qual Silvio era acionista. Para liberar o valor, o governo de São Paulo exigiu o pagamento de R$ 17 milhões de ITCMD, que foi contestado pelas herdeiras. O montante acabou transferido para uma conta judicial e desbloqueado no início de 2025, mas a disputa legal continua.
Além disso, a Secretaria da Fazenda de São Paulo contestou o cálculo de tributos sobre cinco empresas do espólio, aumentando em R$ 47 milhões o valor cobrado. Outro desafio foi a quitação de uma dívida de R$ 10 milhões, contraída pelo apresentador em 2023, que as herdeiras decidiram pagar para regularizar o inventário.
A herança de Silvio Santos segue rendendo capítulos e debates judiciais. Entre tributos, contas no exterior e dívidas, a família enfrenta desafios para cumprir o desejo do comunicador e organizar o patrimônio deixado, mantendo a memória e o legado de um dos maiores nomes da televisão brasileira.
