Setembro Amarelo: a depressão e a influência das redes sociais

Neste mês, acontece a Campanha Setembro Amarelo, voltada para a conscientização sobre a prevenção do suicídio. Desde 2015, a campanha movimenta diferentes setores da sociedade que buscam promover a saúde mental e dar destaque a centros de ajuda a quem precisa. Além disso, o Setembro Amarelo é um momento que traz à tona diversos debates …




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Setembro Amarelo: a depressão e a influência das redes sociais

Neste mês, acontece a Campanha Setembro Amarelo, voltada para a conscientização sobre a prevenção do suicídio. Desde 2015, a campanha movimenta diferentes setores da sociedade que buscam promover a saúde mental e dar destaque a centros de ajuda a quem precisa.

Além disso, o Setembro Amarelo é um momento que traz à tona diversos debates importantes sobre a doença considerada como o mal do século – a depressão – e algumas ações que por ora combatem, e por outras só incitam o agravamento do estado de saúde de muitas pessoas.

Do online para o offline. O que as redes sociais têm a ver com saúde mental?

As redes sociais têm sido um grande problema quando o assunto é saúde mental e, por muitas vezes, uma das principais causas para o suicídio. Ser alguém popular, ganhar vários likes, ser visto e lembrado, pode ser uma tarefa árdua, triste e não agregar nada de positivo, principalmente quando alcançar tais características pode parecer impossível e frustante.

De acordo com um estudo feito pela Social and Clinical Psychology, as redes sociais podem potencializar a depressão, ansiedade e a solidão. Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia coletaram dados do Facebook, Snapchat e Instagram para comprovar que o uso dessas redes sociais causa danos ao bem-estar.

Dentre todas as redes sociais, o Instagram é o mais prejudicial à mente, principalmente do público jovem. É o que diz uma outra pesquisa realizada em 2018 pela instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem.

Em julho deste ano, o Instagram decidiu ocultar o número de likes das publicações. A justificativa dada para a decisão foi que “os seguidores se concentrem mais nas fotos e vídeos que são compartilhados, do que na quantidade de curtidas que recebem”.

É fato que o número de curtidas afeta muita gente. Embora a decisão seja mais um passo em prol da saúde mental, outras questões como autoestima e solidão, ainda podem permanecer prejudicando muitas pessoas. Um cenário cada vez mais recorrente nas redes sociais, são os casos de depressão desenvolvidos por influenciadores digitais . Por outro lado, são essas pessoas que também podem assumir um importante papel na conscientização de prevenção ao suicídio e valorização da vida.

Falando em “influência”, o que disse Carlinhos Maia sobre o suicídio.

No último domingo, dia 1º de setembro, o influencer Carlinhos Maia publicou um vídeo nos stories do Instagram, criticando adolescentes que mandam mensagens para ele afirmando que pensam em cometer suicídio.

Carlinhos Maia critica nos stories do Instagram, jovens que pensam em cometer suicídio. Foto: Reprodução/Instagram

“Você achava mesmo que ia ser fácil? Eu vejo meninos aqui com 16 anos me mandando ‘Eu quero me matar’. Vai, ô, imbecil. Vai se matar porque você nem começou a vida ainda”, afirma Maia na gravação, que não está mais disponível em sua conta.

O vídeo foi um dos assuntos mais comentados no Twitter e a repercussão fez com que outras pessoas criticassem a postura do influencer. Felipe Neto, foi uma delas. O youtuber falou que a postura de Carlinhos foi “inacreditável” e, em uma de suas publicações, relembrou um artigo do Código Penal que diz que induzir alguém a cometer suicídio é crime.

Foto: Reprodução/Instagram

O Portal Foopost, como um veículo de comunicação a favor da vida, apoia a Campanha Setembro Amarelo e reforça a importância da existência do diálogo e pela busca de ajuda.

Ligue 188 – Centro de Valorização da Vida.