Queda do Petróleo pressiona mercado

Pela primeira vez na história o preço do petróleo americano despenca e opera em terreno negativo




Economia, Notícias

Operadores do mercado de energia estão se livrando freneticamente dos contratos de maio do petróleo dos Estados Unidos, que estão prestes a expirar.

Após uma semana positiva para o Ibovespa, mercados internacionais amanhecem no campo negativo, seguindo queda no preço do petróleo para menor nível em 21 anos (WTI < US$ 14/barril). Após uma semana de alta, futuros do S&P 500 nos EUA caem 1,6% e bolsas na Europa em queda de 0,8%. Mercados asiáticos fecharam sem direção definida; China +0,4%, Hong Kong -0,2% e Japão -1,1%.

Os preços de petróleo tipo Brent recuam -3,5% nesta manhã, aos US$ 27,08/barril, enquanto o WTI, com contrato referente a maio de 2020, que expira hoje opera em forte queda de -26%, aos US$ 13,62/barril. O contrato de junho de 2020 recua -9%, aos US$ 22,80/barril.

Com o preço em terreno negativo, os produtores estão pagando para que o produto permaneça estocado.

Por volta das 15h39 (horário de Brasília), o barril americano West Texas Intermediate (WTI) perdia 176,52% e era negociado a -US$ 13,98 a unidade. Ao mesmo tempo, o barril de Brent do Mar do Norte, referência para o mercado europeu, recuava 9,01%, a US$ 25,55 o barril.

O enorme spread se abriu por causa de um excesso de petróleo no mercado americano em um momento em que a demanda recua 30% devido à pandemia de coronavírus. Na semana passada, a Administração de Informações sobre Energia dos EUA informou que as reservas de petróleo subiram 19,25 milhões de barris.

Embora países produtores tenham concordado em reduzir bombeamento e as maiores petroleiras do mundo também estejam diminuindo produção, os cortes não serão rápidos o suficiente para evitar problemas nas próximas semanas.