Polícia Federal deflagra operação contra o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro

A ação ocorreu em seis estados, incluindo o Ceará. No interior cearense foram cumpridas buscas em Juazeiro do Norte Barbalha. Até o momento foi informado que ao menos 15 pessoas foram indiciadas




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A Polícia Federal de Pernambuco deflagrou na manhã de hoje a Operação Símios, que visa desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. A organização enfocada tinha como prática a ocultação de grandes quantidades de cocaína e sua posterior exportação para Europa, a partir dos portos brasileiros. As drogas eram escondidas exportadas em containers.

A investigação data inicialmente de setembro de 2019, quando a Receita Federal brasileira apreendeu 808kg de cocaína escondidos em uma carga de bananas, que tinha como destino a Bélgica. Após esse fato a PF abriu investigação e vem trabalhando ao lado da Receita Federal, as autarquias trocam informações constantemente, afim de dinamizar o conhecimento de dados sobre os membros da organização criminosa.

De acordo com as informações levantadas até o momento, pode-se afirmar que a estrutura criminal conta com integrantes em todos os estados do Nordeste, além de dispor de membros no Norte do país. Os líderes da organização têm origem no roubo e furto de cargas, e já foram alvo de outra operação orquestrada pela PF em 2010, a Operação Piratas do Sertão.

As atividades de hoje mobilizaram 80 agentes em ações espalhadas por seis estados. Houveram ações nas capitais de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará, São Paulo e Mato Grosso. Atuaram ainda no interior pernambucano e cearense, no Ceará ocorreram buscas nas cidades de Juazeiro do Norte e Barbalha. Foi efetivada, ainda, uma prisão no território barbalhense.

Apenas no Pernambuco foram cumpridos cinco mandatos de busca e apreensão, até o momento ao menos 15 pessoas já foram indiciadas, todos por tráfico, financiamento do tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem variar entre três e vinte anos de detenção. Porém, considerando a integralidade dos crimes pode atingir o limite máximo de 30 anos de reclusão.

A PF informou, ainda, que a operação de hoje foi realizada junto com outra ação deflagrada no Pará, a Operação Pojuca. Os agentes consideram que os membros da organização em destaque realizavam atividades do mesmo tipo no porto paraense.