Pessoas desaparecidas no Brasil podem ser encontradas com ajuda de DNA

Campanha nacional incentiva coleta de material genético de familiares para facilitar identificaçõs.

Brasil, Notícias

O Brasil está reforçando a busca por pessoas desaparecidas com a ajuda da ciência. O Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), ligado à Polícia Federal, entrou na Campanha Nacional de Desaparecidos, lançada nesta terça-feira (5) pelo Ministério da Justiça. A ideia é simples: colher o DNA de parentes para comparar com dados de pessoas ainda não identificadas.

Esse material pode ser cruzado com perfis genéticos de pessoas internadas sem identificação, ou até mesmo restos mortais. Desde 2019, quando o banco passou a incluir casos de desaparecidos, 44 ligações entre parentes e desaparecidos já foram confirmadas, um passo importante para muitas famílias.

Só no ano passado, 13 novos vínculos genéticos foram confirmados graças à campanha: alguns com apenas um parente doando material, outros com vários membros da mesma família. Além disso, bancos estaduais e do Distrito Federal também ajudam nesse trabalho, enviando dados para o Ministério da Justiça.

A novidade é que o Brasil também está buscando pessoas que podem ter desaparecido fora do país. Em parceria com a Interpol, a Polícia Federal coletou DNA de familiares de 61 brasileiros que estão na lista internacional de desaparecidos. Essas amostras agora fazem parte do sistema i-Familia, que permite buscas de DNA em nível global.

Hoje, o Brasil também contribui com mais de 11 mil perfis genéticos de restos mortais ainda não identificados. Essas informações ajudam outros países a procurarem por seus próprios desaparecidos que podem estar por aqui. A campanha reforça o que muitas famílias desejam: uma chance de reencontro, mesmo que demore.

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