O estudo ‘Refletindo-me: Representação Global na Tela’, feito pela Paramount Global e divulgado pela CNN, mostrou que grupos minoritários (LGBTQIA+, negros (as) e pessoas com deficiência), acreditam que o cenário audiovisual precisa de mais representatividade. O levantamento foi feito com 15.387 indivíduos de 13 a 49 anos, ao redor do mundo, incluindo países da América do Sul, como Brasil, Argentina e Chile.
No Brasil, 24% dos negros e negras afirmam que as novelas, séries, filmes e programas retratam personagens pretos e pardos como perigosos. Outros 23% dizem que a representatividade nas telas resumem-se a criminosos, e 88% declaram que não se sentem representados de nenhuma forma. A nível global a porcentagem fica entre 18% e 24%.
Os integrantes da comunidade LGBTQIA+ também demonstram sua insatisfação. 60% declaram que as identidades de gênero são mal representadas. Um dos pontos levantados pelos entrevistados foi a abordagem estereotipada dessa parcela da população nas produções, impactando diretamente na confiança e autoestima do grupo..
Ainda de acordo com a pesquisa, as pessoas com deficiência apontam uma problemática parecida. Dos entrevistados, 40% dizem não ver personagens PCD’s em telas ao redor do mundo.
Em comunicado oficial, a Paramount pontuou que “a cultura e as comunidades locais afetam as percepções sobre a representatividade (…) portanto, o quão bem representado você se sente, não depende apenas de quem você é, mas também de onde você está”, conclui.