O mundo tem mais um caso de “cura” do HIV

Apesar de não ser possível reproduzir o resultado desse caso para todas as pessoas, é um grande avanço para as pesquisas e o desenvolvimento de uma cura definitiva




Notícias, Saúde

Médicos anunciaram nessa quarta-feira, 27, a “cura” do HIV em um paciente que vivia com o vírus desde 1980, esse é o 4º caso no mundo de uma remissão não induzida por medicamentos, via transfusão de medula óssea ou uso de células tronco. O homem de 66 anos, foi curado a partir de um transplante de medula óssea para tratamento de uma leucemia, o doador no caso era naturalmente resistente ao vírus.

Os casos anteriores onde ocorreram relatos de “cura”, foram de dois homens que receberam célula tronco adultas, e de uma mulher norte-americana que recebeu transplante de célula troco, de um doador naturalmente resistente ao vírus da imunodeficiência humana.

O termo cura não é o mais indicado porque existem alguns critérios para que alguém seja realmente curado, um deles é a espera de 2 anos para verificar se realmente não houve a volta do vírus sem o uso dos medicamentos. O mais correto seria referir-se aos casos como “remissão sustentada do HIV sem antirretrovirais”.

Todos esses casos são considerados raros e impossíveis de serem aplicados em uma escala maior, visto que um transplante de medula envolve sérios riscos de morte e complicações. Mas a notícia não deixa de ser animadora, pois é um sinal de que os pesquisadores estão entendendo cada vez mais o mecanismo da infecção, e muito mais próximos da cura. Existem hoje inúmeras pesquisas em todo mundo que atuam em diversas frentes para neutralizar o vírus de forma definitiva.

Atualmente no Brasil existem 920 mil pessoas vivendo com HIV, segundo o Ministério da Saúde, e 650 mil pessoas morreram por complicações da Aids em 2021, segundo um relatório de um órgão da ONU. O Brasil é referência no diagnóstico e tratamento para a síndrome, disponibilizando testes e medicamentos em toda rede de saúde de forma acessível e gratuita, a distribuição de camisinha também é gratuita, e hoje esse é o melhor método de prevenção, evitando a infecção de forma eficiente e segura.