Número de casos suspeitos de intoxicação por cerveja sobe para 21

A principal suspeita é de que a contaminação se deu por dietilenoglicol




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Nesta segunda-feira, 20, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou que 21 casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol já foram notificados. Até agora, 4 casos foram confirmados com a intoxicação e 17 estão sob investigação.

4 pessoas morreram, 3 das mortes estão entre os 17 casos investigados. Umas das mortes, um homem que faleceu em 7 de janeiro, teve a contaminação confirmada. A ingestão de dietilenoglicol pode provocar a síndrome nefroneural e levar a insuficiência renal aguda e alterações neurológicas, como paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, entre outros sintomas.

A substância estava presente em cervejas produzidas pela cervejaria Backer. O monoetilenoglicol não deve entrar em contato com o produto, o que acabou acontecendo. A substância é usada para resfriamento, mas a cervejaria afirma que não usa o dietilenoglicol em seu processo produtivo .

As substâncias teriam sido encontradas inicialmente na cerveja Belorizontina, que é vendida como Capixaba no Espírito Santo. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou a presença de substâncias tóxicas em outras cervejas produzidas pela Backer: Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2.

Depoimentos

De acordo com Agência Brasil, a Polícia Civil de Minas Gerais colheu depoimentos de parentes de pessoas intoxicadas. Três testemunhas têm parentesco com pessoas hospitalizadas e uma é parente de uma falecida.

O delegado Flávio Grossi, que preside o inquérito, encaminhou à Justiça, o pedido para a exumação do corpo da mulher que teria sido a primeira vítima da intoxicação. Ela morreu em 28 de dezembro, ou seja, antes da detecção da substância nas cervejas.

A polícia voltou hoje à fábrica da Backer, em Belo Horizonte, para tirar dúvidas sobre o processo de produção da cerveja. Os agentes levaram mais amostras para análise. “Insta ressaltar que a empresa cooperou com os trabalhos, como tem sido desde o início das investigações”, diz nota divulgada pela polícia.

A empresa que fornece monoetilenoglicol para a Backer também foi procurada, e amostras da substância foram recolhidas.

Com informações da Agência Brasil