Nova espécie de 225 milhões de anos é descoberta no Brasil

Novo Réptil do período triássico foi descoberto no Brasil, através de uma revisão de estudo realizada por pesquisadores de diversas universidades




Natureza, Notícias

Uma nova espécie de réptil do período Triássico foi descoberto por pesquisadores do Museu Nacional/UFRJ, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Regional do Cariri, da Universidade Federal do Pampa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da COPPE/UFRJ. A nova espécie foi identificada a partir de uma revisão de um estudo feita a respeito de uma espécie já conhecida, onde os pesquisadores identificaram que se tratavam de duas ossadas distintas. Maehary bonapartei representa um réptil de pequenas dimensões que é tido como o mais basal da linha evolutiva que deu origem aos pterossauros.

Em 2010 um estudo tinha identificado alguns ossos em rochas do período triássico, no Rio Grande do Sul. O esqueleto era composto por ossos do esqueleto pós-cranial e por uma parte do crânio (uma maxila com dentes). Os ossos foram encontrados separadamente em 2005, no sítio fossilífero Linha São Luiz, localizado no município de Faxinal do Soturno. Por isso não se tinha certeza se os ossos representavam uma mesma espécie, mesmo assim o estudo atribuiu o esqueleto à Faxinalipterus minimus, do grupo Pterosauria, que reúne os primeiros vertebrados a desenvolverem o voo ativo.

A descoberta só se tornou possível, após outro esqueleto do Faxinalipterus minimus ser descoberto recentemente no mesmo sítio Linha São Luiz. Esses novos ossos são compostos de um crânio incompleto, cuja maxila exibe as mesmas feições antes atribuídas ao Faxinalipterus, e com isso o esqueleto anterior foi incorporado ao Maehary bonapartei. A revisão de estudo foi publicada na revista PeerJ.

“Sempre houve uma grande dúvida se os dois exemplares atribuídos ao Faxinalipterus representavam uma mesma espécie, e se esta se tratava de um réptil alado”

Alexandre Kellner, Especialista em pterossauros do Museu Nacional

Cesar Schultz da UFRGS, um dos autores da pesquisa de 2010 e do novo estudo também, argumenta que os ossos encontrados anteriormente eram um material bastante frágil e incompleto, além que parte dos ossos estavam sobrepostos com rochas, o que dificulta as análises. Com isso também se descobriu que o Faxinalipterus, não era um réptil alado como se pensava anteriormente.