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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), indicou que mais da metade dos estudantes cearenses de escolas públicas entre 14 e 17 anos têm sono insuficiente (55%) ou possuem sonolência excessiva durante o dia (45%). Os problemas afetam mais os alunos dos períodos, integral e matutino em comparação a quem estuda à tarde.
De acordo com a pesquisa, conciliar os estudos com atividade remunerada é um dos fatores que explicam a baixa duração de sono para 63% dos entrevistados. No estudo, foram entrevistados 11.525 estudantes do ensino médio de 123 escolas públicas do estado.
O autor da pesquisa é o doutorando em Ciências Médicas, Felipe Alves. De acordo com ele, o problema é mais frequente entre matriculados em tempo integral, 70% deles afirmam dormir menos de oito horas por noite. Em seguida, vêm os de turno matutino (63%) e noturno (56%). Os menos afetados são os que estudam à tarde: 38,2% dormem menos que o ideal.
Outras variáveis avaliaram o sono dos adolescentes, considerando aqueles que, além de estudarem, trabalham, e ainda os que usam ou não dispositivos eletrônicos à noite, antes de ir à cama.
Uma das soluções propostas por Felipe, seria adiar o horário de início das aulas matutinas do ensino médio, para que começassem mais tarde, “prática já adotada no exterior e que potencializa o desempenho dos estudantes”. Apesar de reconhecer que “tem difícil implantação, na prática”, o pesquisador reforça a responsabilidade das escolas em agir sobre essa questão.
Estudos e neurocientistas já disseram que estudantes não dormem o suficiente devem ter mais dificuldade de lembrar informações. No sono, há diferentes etapas, em cada uma delas uma parte da memória é processada. Dormir é essencial para o cérebro absorver conhecimento.