Hrc investe em ventilação mecânica não invasiva para evitar a intubação de paciente com Covid-19

A vantagem da máscara em relação aos equipamentos tradicionais é que ela filtra todo o ar respirado pelo paciente, gerando menos risco de transmissão do vírus para os profissionais de saúde




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Antes de fazer uso da VNI, a pessoa precisa ser avaliada. A máscara é destinada a pacientes que não conseguiram apresentar melhoras com o uso do respirador padrão e, com isso, desenvolveram desconforto respiratório. A coordenadora da fisioterapia do HRC, Suiane Ferreira Soares, explica que, inicialmente, é realizado um teste de 30 minutos com o equipamento, cujo objetivo é verificar se houve benefícios para o usuário.

“O paciente precisa ter tolerado bem a máscara, ter melhorado o desconforto respiratório e não ter feito uso de musculatura acessória, além de manter a estabilidade hemodinâmica. A VNI tem evitado muitas intubações na nossa unidade hospitalar e a ação da fisioterapia tem sido determinante nesse sentido de diminuir os riscos decorrentes desse procedimento e do tempo de permanência nas UTIs”, ressalta.

No mês de julho, 24 pessoas participaram de testes com a máscara VNI no HRC. Destas, 22 apresentaram melhoras significativas e apenas duas foram intubadas. Fernando Mendonça, 39 anos, deu entrada no HRC no dia 15 de julho em estado grave. De imediato foi internado na UTI, mas, com o auxílio da máscara, não precisou ser intubado. “Graças a Deus e aos fisioterapeutas que foram incansáveis e me motivaram todos os dias a fazer uso da máscara, minha vida foi salva. Essa máscara funciona e foi uma bênção na minha via”, afirma.

A vantagem da máscara em relação aos equipamentos tradicionais é que ela filtra todo o ar respirado pelo paciente, gerando menos risco de transmissão do vírus para os profissionais de saúde. O suporte pode ser utilizado em enfermarias comuns, sem que o paciente precise estar em isolamento