Governo entrega 21 certidões de óbito retificadas de vítimas da ditadura militar

Iniciativa reforça a memória das pessoas desaparecidas e segue calendário de solenidades até dezembro.

Brasil, Notícias

O governo, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), entregou 21 certidões de óbito retificadas de pessoas mortas ou desaparecidas durante a ditadura militar (1964-1985). Até o fim do ano, mais de 400 certidões devem ser entregues às famílias.

A ministra Macaé Evaristo ressaltou que a ação é um passo importante para reconstruir a democracia e reconhecer a verdade histórica. Segundo ela, o trabalho da CEMDP mostra que lutar pela memória, pela justiça e pelo respeito à vida é essencial para superar os erros do passado e a dor das famílias afetadas.

Entre os beneficiados estavam familiares de vítimas como Adriano Fonseca Filho, Walkíria Afonso Costa e Zuleika Angel Jones. A entrega oficial das certidões confirma as causas das mortes violentas cometidas pelo Estado durante o período da repressão política, representando também um momento de reparação e cura social.

A iniciativa é fruto da parceria entre o governo, o MDHC, a CEMDP e a Comissão de Direitos Humanos da ALMG, cumprindo a Resolução nº 601/2024 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As solenidades vão seguir até dezembro, quando será realizado o II Encontro Nacional de Familiares de Pessoas Mortas e Desaparecidas Políticas, em Brasília, com apoio do CNJ e do Operador Nacional do Registro Civil.

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