Diabetes: especialista alerta para perigo da doença silenciosa

Calcula-se que, 9,3% dos adultos, entre 20 e 79 anos, vivam com diabetes




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Muitos brasileiros, ainda não entendem claramente o que é Diabetes, é uma doença metabólica crônica causada pela falta de insulina no organismo ou pela incapacidade de produção do hormônio pelo pâncreas, o que causa a elevação dos níveis de açúcar no sangue – chamada hiperglicemia. De acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil é o 5º país com maior incidência da doença no mundo, com 16,8 milhões de adultos, com idades entre 20 a 79 anos, perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.

A médica endocrinologista e professora do curso de Medicina da Estácio, Dra. Ângela Beuren, aponta que as estatísticas mostram que uma em cada duas dessas pessoas não sabem que são diabéticas e que a cada 6 segundos uma pessoa morre de complicações da doença. No Brasil, 9.4% da população tem diabetes. “As estatísticas mundiais apontam que 10% da população com diabetes apresenta o tipo 1 (diabetes da criança) e 90% apresenta o tipo 2 (diabetes do adulto). Mais de 50% das pessoas com diabetes tipo 2 teve seu diagnóstico feito acidentalmente e sem manifestação prévia de sintomas sugestivos da doença”, alerta a médica endocrinologista.

Ainda de acordo com a médica, os sintomas clássicos do diabetes incluem excesso de sede (polidipsia), excesso de urina (poliúria) e excesso de apetite (polifagia). “Mas é importante ressaltar que mais da metade dessas pessoas não apresentam sintomas típicos de diabetes”, destaca a Dra. Ângela Beuren.

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Ela explica ainda que o diabetes tipo 2 apresenta um componente genético que faz com que pessoas de uma mesma família tenham maior propensão para adquirir essa condição. Por outro lado, fatores ambientais como uma alimentação desregrada e a ingestão excessiva de carboidratos e gorduras podem levar a uma condição de obesidade, que aumenta o risco do desenvolvimento de diabetes.

“O diabetes não tem cura, mas pode ser adequadamente controlado por pessoas bem informadas sobre a doença e que seguem rigorosamente as orientações médicas recebidas. É muito importante a realização de acompanhamento médico, por isso a busca por um endocrinologista se torna primordial”, finaliza Ângela.

Por Elizangela Santos