Desinformação faz aumentar a venda de antiparasitário

Farmacêutico explica que não há estudos que apontem nenhum efeito para evitar a contaminação pela Covid-19




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Por se tratar de algo novo, estranho e desconhecido até então, a pandemia do novo coronavírus está fazendo com que surjam diversas teorias, ocasionando assim a disseminação de falsos medicamentos milagrosos. É fato que a nova doença tem provocado diversas reações nas pessoas, dentre elas a ansiedade, com isso, qualquer novidade e tudo que surge como possível prevenção ou tratamento, logo ganha o apreço das pessoas, mesmo que sem comprovação científica.

Este é o caso do antiparasitário Ivermectina, remédio com função espectro descoberto em 1975 e eficaz no tratamento de infecções causadas por artrópodes como: insetos, piolhos e carrapatos. As pesquisas também descobriram que seu uso tem ação antiviral através da inibição de algumas proteínas que são responsáveis pelo transporte nuclear.

Nas redes sociais, espalhou-se a notícia da cura do Covid19 com uso da medicação

Em função disso, ultimamente ele passou a ser estudado no tratamento da Covid-19, mas destaca-se que os estudos estão apenas no início. A priori, tem se visto resultados positivos nos testes in-vitro, ou seja, feitos em laboratório.

Micaelce Santana, farmacêutico

Segundo o Farmacêutico, Micaelce Santana, as pessoas passaram a comprar o remédio e ingerir por conta própria com crenças de que ficariam imune à patologia. “Isso é errado e fez com que o preço do produto disparasse no mercado”, afirmou.

Frisa-se mais uma vez que a Ivermectina é usada e prescrita apenas por médicos em pacientes já infectados pelo vírus. “Portanto não precisa de histeria para comprar o remédio, uma vez que medicamentos só devem ser ingeridos quando prescritos por médicos”, disse o farmacêutico.

Numa Live recente realizada no canal do Jornalista Alexandre Garcia, que já tem quase dois milhões de visualizações, ele conversa com médicos que afirmam está havendo um boicote para o uso de medicações baratas no combate ao Covid-19.