Fotos: Vagner Pereira
O ato intitulado “Beijaço contra LGBTFOBIA” ocorreu neste domingo (15), o objetivo foi manifestar a favor da forma de amar e contra, principalmente, das declarações homofóbicas do empresário Francisco das Chagas Farias Martins, dono da pizzaria Tuttipasta em Crato.
Gilney Matos, professor da rede municipal de Crato e membro fundador da Associação Nordestina de LGBTS e está a frente Sede da Associação pela Diversidade de Inclusão e membro fundador da Associação de Defesa dos Homossexuais do Crato (ADACHO) , afirma que o ato faz parte de uma culminância do processo que está sendo elaborado para combater a LGBTFOBIA.
Em informações concedidas ao Foopost, neste domingo, Gilney destaca como foi processo de circulação do áudio gravado pelo dono da pizzaria: “Sexta-feira foi recebido um áudio, pela Frente Caririense pela Diversidade, Frente pela democracia, as pessoas dos partidos políticos e ONGS começaram a mandar para se fazer uma representação contra esse ato homofóbico”.
Por meio de orientações da Ordem dos Advogados Brasileiros (OAB) foi solicitado que fosse feita uma nota oficial por parte das entidades LGBTS. No Cariri tem a expectativa de 10 entidades. O caso foi ganhando proporção a nível de outras entidades pro-LGBTS que não fazem parte da classe, mas que deram total apoio.
Posteriormente será feita a representação na OAB e na segunda-feira será protocolado o BO.
“O que nós queremos é só nosso direito a viver e o que foi colocado no áudio foi que LGBTS todos deveriam morrer”.
Nota do perfil do Instagram da Tuttipasta:
“Como o motivo exposto pelo FRANCISCO DAS CHAGAS FARIAS MARTINS, entendemos que se trata de um caso de homofobia nos termos desta citação da decisão do Supremo Tribunal Federal, podendo se enquadrar nos termos do art. 20 da Lei nº 7716/1989 Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pronunciamentos de ódio e violência para com as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, tem sido uma prática recorrente e lamentavelmente reforçada por iniciativas e políticas e sociais como essas adotadas pelo dono do estabelecimento e merece o repúdio e a reprovação por parte de toda sociedade”.
Lara Alencar, estudante de jornalismo, falou sua opinião sobre o ato e destacando “começou a circular um áudio do discurso homofóbico e racista do dono da Tuttipasta que já estava vindo com um discurso de ódio e de morte depois do assassinato da Silvanir, vítima de feminicídio, no ano passado, na praça da sé em crato, com um discurso em que as pessoas que estavam se manifestando em solidariedade.
Em repúdio ao crime que foi cometido pelo marido da vítima, afirmava que as pessoas eram vagabundas desocupadas e ele segue com esse discurso de ódio. É muito importante hoje que a sociedade em geral ela esteja ciente do crime que ele está cometendo”.
Lara Alencar, enquanto mulher bissexual, afirma, que “é muito importante que se tenha um posicionamento”.
Como futura comunicadora social ela acredita que esses possuem o papel de compartilhadores de informação e passar informação para as pessoas da sociedade civil para que exista uma comoção e ainda um conhecimento do que é crime e do que não é crime no Brasil. A estudante ainda destaca que “Um discurso homofóbico como o de Bolsonaro, dos parlamentares e do proprietário da pizzaria são crimes e eles devem ser punidos”.