Numa comunidade do Alto da Penha, na cidade de Crato-CE, uma associação faz circular em vários estabelecimentos uma moeda social própria chamada Cafundó. A moeda atua na economia local complementando a cesta básica de muitos e melhorando sua qualidade de vida.
A associação é presidida por Maria Izabel que também é idealizadora da moeda. A moeda é obtida através de um “escambo”. Os moradores juntam resíduos sólidos (que antes eram descartados inadequadamente) e efetuam a troca dos mesmos pelo Cafundó. Ao mesmo tempo em que educam os moradores sobre a importância da coleta de recicláveis, traz uma diminuição na vulnerabilidade social local, com o adendo dos produtos adquiridos com o Cafundó.
O dinheiro é trocado nos comércios parceiros da associação, ou em feiras organizadas na comunidade.
O valor cambial do Cafundó é igual ao Real, e é representada por fichas.
Após a implantação dessa moeda, e participação efetiva da comunidade no projeto, percebeu-se uma diminuição constante dos casos de dengue e Chikungunya no bairro. Além da distribuição de mais de 19 toneladas de alimentos, com mais de 800 beneficiários, e ainda a arrecadação de 19 toneladas de recicláveis que foram vendidos e o dinheiro usado no processo de circulação do Cafundó e produtos. O projeto hoje é espelho para a gestão municipal, e vários bairros copiaram a ideia. A idealizadora, Isabel, tem participado.
Essas informações foram obtidas através da conta pessoal no twitter do Contador George Nuvens, colaborador da associação.
O Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Bélgica/Comitê de Saúde e Bem-estar, realizará no próximo sábado, 12, uma Maria Isabel, gestora pública e social e Cícero Pereira, consultor em desenvolvimento territorial, com tema: “PROJETO ELA FAZ/ COPRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO”. Para participar acesse o link aqui.