Foto reprodução
Em proposta de Reforma tributária lançada pelo governo traz cobranças em saques e depósitos em dinheiro. A ideia é que agora as transações bancárias sejam taxadas com uma alíquota inicial de 0,4%. A cobrança integra a ideia do imposto sobre pagamentos, sendo comparada à antiga CPMF.
Para pagamentos no débito ou no crédito a taxação inicial proposta é de 0,2%.
As taxas propostas já irão surgir com a possibilidade de crescimento, segundo o Diário do Nordeste a ideia do governo é usar o novo imposto para substituir gradualmente a tributação sobre os salários, considerada pela equipe econômica como nociva para a geração de empregos no País.
Em informações concedidas a Diário do Nordeste Marcelo de Sousa Silva, secretário especial adjunto da Receita Federal, defendeu a contribuição nesta terça-feira (10) no Fórum Nacional Tributário (promovido pelo sindicato dos auditores fiscais, em Brasília). O secretário afirmou ainda que “Estamos ano a ano com uma regressão percentual de pessoas empregadas formalmente. E isso não pode ficar de fora da reforma tributária, porque o impacto mais significativo [para o emprego] talvez seja a desoneração sobre folha. Dentre todos os tributos no nosso ordenamento jurídico a tributação sobre folha é o mais perverso para a geração de empregos”.
Impostos que beneficiam o governo
As alíquotas, que estão junto à proposta de reforma tributária a ser entregue à Câmara, serão, inicialmente, de 0,2% para pagamentos no débito e crédito e de 0,4% para saques e depósitos em dinheiro. Especialistas em informações para o Diário do Nordeste, afirmaram que, o imposto só beneficia o próprio Governo.
O economista Henrique Marinho, para o Diário do Nordeste, aponta que o grande interesse em voltar com a “CPMF mudada” é a alta arrecadação gerada, uma vez que incide de forma imediata sobre qualquer transação. “Além disso, é um imposto muito difícil de sonegar que exibe baixa fiscalização, uma vez que é cobrado na hora”, destaca. Ele acrescenta que o imposto deve beneficiar somente o Governo.