O Ceará aparece como o segundo estado do país com mais mortes de motociclistas no trânsito, atrás apenas do Piauí. Os dados são do Atlas da Segurança, divulgado recentemente, e mostram uma realidade preocupante para quem utiliza a moto como meio de transporte ou trabalho no estado.
Mesmo com a redução de quase 41% nas mortes no trânsito entre 2013 e 2023, o número de motociclistas mortos subiu de 757 para 830. Segundo o levantamento, seis em cada dez vítimas fatais no trânsito cearense estavam em motocicletas, o que mostra que esse público continua sendo o mais afetado.
Em Fortaleza, há cerca de 380 mil motos em circulação, muitas delas utilizadas para entregas. O trabalho com aplicativos se expandiu após a pandemia, aumentando também a pressão por produtividade. Segundo o sindicato da categoria, para conseguir uma renda mínima, os entregadores precisam fazer pelo menos quatro entregas por hora, o que eleva os riscos nas ruas.
Para tentar reduzir os acidentes, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) afirma que vem atuando com fiscalização, campanhas educativas e ações integradas com a segurança pública. A intenção é combater atitudes perigosas que colocam em risco tanto motociclistas quanto pedestres e outros motoristas.

