A localidade do Mutirão, localizada entre os bairros Alto da Penha e o Pantanal, no Crato, após uma série de reivindicações, como envio de documentos a gestão municipal e fechamentos de ruas, conquistaram a via de acesso urbano para o Centro da cidade. Há cerca de 30 anos, os moradores questionam o isolamento da localidade e a precariedade da mobilidade urbana. A estrada de areia que interliga a comunidade ao Pantanal e ao Centro da cidade apresenta problemas aos moradores como poeira, dificuldade para tráfego humano e de veículos, além de insegurança.
A obra de Interligação dos bairros Mutirão e Pantanal à via de acesso à Expocrato foi iniciada no último dia 11 de janeiro e faz parte do Projeto Caminhos do Crato II, o qual prevê uma série de ações de pavimentação asfáltica e em pedra tosca.
Francisco Nascimento e Juliana Gomes, representantes da Associação Mensageira da Paz e moradores da comunidade relatam que por diversas vezes encaminharam ofícios à gestão municipal e tiveram audiência com o prefeito da Cidade, Zé Ailton (PT), para colocar em pauta a via de acesso urbano.
A professora Juliana Gomes destaca que o povo agora comemora, mas não esquece de tudo que fizeram para atrair a atenção das autoridades e da sociedade. Ela acredita que essa conquista é fruto da mobilização e articulação dos moradores. “Até barricadas foram construídas para que os nossos direitos fossem atendidos”, enfatiza a professora.
Encosta do Alto da Penha, Mutirão e Pantanal
Outra reivindicação dos movimentos organizados e dos moradores da localidade é a construção da “Encosta do Alto da Penha, Mutirão e Pantanal”. Enquanto, Projeto estruturante que poderá criar uma nova urbanidade para à cidade proporcionando um ambiente de integração intercomunitário, desenvolvimento da economia local e de práticas esportivas, culturais, artísticas e de convivência como meio ambiente saudável.
O atualmente a comunidade do Mutirão convive com um “muro de separação” construído para excluir os moradores do acesso ao Parque de Exposição, que por muitos anos foi a principal via de acesso dos moradores ao centro. O muro foi construído quando a parte de shows da Expocrato foi privatizada. Para Francisco do Nascimento, esse muro serve para esconder a comunidade e excluir das políticas urbanas. Ele enfatiza que a construção da “Encosta” é uma necessidade social para de integração e construção de uma cidade mais humanizada.
