Anvisa define regras para uso emergencial de vacinas contra Covid-19

A posição vem um dia após o Min. da Saúde dizer que a vacinação poderia começar ainda em 2020. Pazuello foi fortemente pressionado pelos governos estaduais




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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou no início da tarde desta quinta-feira, 10, que o conselho da entidade aprovou de modo unânime as regras que definem o uso temporário emergencial de vacinas contra a Covid-19. Antes disso, em 02 de dezembro, o órgão havia anunciado os requisitos básicos para que houvesse a solicitação de uso.

A posição da Anvisa vem um dia após o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ter afirmado que a vacinação poderia ter início ainda em 2020, ou no começo de 2021, algo que também representa uma acentuada mudança na postura da pasta. Pois, o titular chegou a dizer que a vacinação só teria início em março de 2021, alegou, ainda, que o registro de vacina demoraria, em média, sessenta dias. Entretanto, com a reação de governadores que exigiram, e exigem, mais agilidade e coordenação nacional, além de péssima repercussão na opinião pública, o Ministro revia as possibilidades e encaminha para direcionamentos, aparentemente, um pouco mais efetivos.

De modo mais objetivo, é importante indicar que esta decisão deixa o caminho aberto para que as empresas possam solicitar o uso emergencial do imunizante. De acordo com a Agência de Vigilância Sanitária, até o momento, nenhum laboratório impetrou documentação com esse sentido. Todavia, há uma grande expectativa que a Pfizer possa ingressar com um pedido, especialmente, porque a vacina da empresa em destaque já vem sendo aplicada no Reino Unido.

Em declaração concedida ao Portal G1, Alessandra Bastos, diretora da Anvisa, disse que “qualquer autorização concedida pela Anvisa, qualquer anuência, só será feita diante de um pleito. A vacina só terá autorização de uso emergencial e experimental se houver o pleito realizado por alguma empresa”.

Hoje em dia quatro imunizantes são testados no Brasil e estão na fase final de avaliação, são a vacina da Pfizer, da Universidade de Oxford, da Johnson e da Sinovac.